quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

O Boteco Indica - Misterios Divinos de Neil Gaiman

          Sou um grande fã de Sandman, acho a historia e suas referencias incríveis, o fato dela deixar alguns pontos em aberto para interpretação e teorias é muito bacana (odeio filmes e historias que tem cada detalhe explicado). Quando finalizei sua leitura fui buscar mais trabalhos do autor, onde encontrei alguns materiais bons, outros questionáveis, até que cheguei a Mistérios Divinos, e sem saber a qualidade do conteúdo eu arrisquei e valeu muito apena.



          A história é adaptada de um conto do próprio Gaiman. Tudo se inicia quando um homem misterioso em um banco resolve contar uma historia para alguém que lhe fez um favor, a partir dai descobrimos que ele era um anjo que havia descido a Terra eras atras (ou caiu na Terra, não lembro se é deixado claro), sua história ocorreu no tempo da criação, quando o universo ainda estava sendo arquitetado pelo Criador e seu anjos. 



          O narrador é chamado a cidade de prata para investigar um assassinato, o primeiro a ocorrer no Paraíso, um lugar que deveria ser habitado apenas por seres puros.

         


         Para contar mais que isso seria necessário revelar spoilers, mas o que posso dizer é que mesmo a historia não tendo relação nenhuma com o universo de Sandman, esta também funcionaria facilmente como uma historia de origem do Lúcifer Estrela da Manhã apresentado no universo de Morpheus.
         


          Mistérios Divinos é uma historia empolgante que te faz pensar, refletir, tentar descobrir o assassino e por fim sua motivação, e ainda  tem na minha opinião um dos melhores finais que vi em uma historia em quadrinhos. De ruim, só o numero de paginas, são apenas 64 que passam mais rápido do que você gostaria.




Pela aparência do homem solitário sentado no banco do parque, ninguém jamais imaginaria suas origens – um antigo anjo, descido dos céus eras atrás. Ele apareceu na Terra para contar uma história que deve ser ouvida – uma história dos primórdios do tempo, quando o mundo ainda era um traçado aos olhos de Deus, e o pecado ainda não era conhecido, e do primeiro e mais execrável crime no recém-desabrochado universo do Criador.